Sobre o Espetáculos:

“NA CASA DO RIO VERMELHO – O amor de Zélia e Jorge”

 

“De repente, surge Luciana/Zélia, igualzinha uma a outra.

A mesma doçura, a mesma força, o mesmo rosto bonito e delicado.

E porque não dizer que o canto era igual, o amor e os ciúmes também.

Agora a peça estreia completa, au grand complet, diria dona Zélia!

E eu estou na maior felicidade porque muita gente poderá conhecer mais de minha mãe,

esta  mulher formidável, e o fará pelas mãos delicadas de Luciana Borghi, mãos, rosto, voz, sensibilidade.

Dona Zélia/Luciana estreando pela Bahia, indo para o mundo!”

Paloma Jorge Amado, filha de Zélia Gattai e Jorge Amado.

 

O espetáculo, com direção e texto de Renato Santos, mostra, a partir da memória musical do casal, os 56 anos de amor entre Zélia Gattai e Jorge Amado.

Eles moraram, durante 40 anos, na casa do Rio Vermelho, atual Memorial, espaço de referência para Salvador, onde os escritores recebiam, de forma acolhedora, artistas nacionais e internacionais como Pablo Neruda, Vinícius de Moraes, Glauber Rocha, Tom Jobim, Jean-Paul Sartre, João Ubaldo Ribeiro, além de lideranças religiosas locais e políticos. “A encenação é realista, histórica. O espetáculo segue uma cronologia, que vai desde o primeiro encontro do casal, na década de 40, até a despedida de Zélia Gattai da casa do Rio Vermelho, onde está tomando providências para fazer da casa, um memorial”, conta Renato.

 A atriz Luciana Borghi, fez um vasto laboratório de caracterização para conseguir semelhança na voz e nos trejeitos da autora. Destacou a sua origem como imigrante italiana e criação na cidade de São Paulo. “Me mudei para Bahia com a finalidade de estudar a vida da Zélia e Jorge. Entrevistei amigos, criei laços com os seus netos; até que a presidente da Fundação Jorge Amado convidou o espetáculo para estrear no centenário da Zélia, que foi em 2016, na própria casa deles, o memorial. Precisava de tempo para vivenciar o universo, para frequentar o espaço, a casa, não como visita”, conta Luciana Borghi, intérprete de Zélia Gattai.

A música era muito presente na Casa do Rio Vermelho, onde Zélia Gattai adorava cantar ritmos diferentes. “Paloma Amado disse que sabia como estava o humor de sua mãe pela música que ela estava cantando. Se a Zélia estivesse cantando ópera, era porque o dia estava tenso”, revela Luciana. Zélia, que se auto intitulava uma contadora de histórias, começou a escrever aos 63 anos, sendo considerada uma grande memorialista. A autora dizia que era preciso viver muito, ama­durecer bastante, para ter maior compreensão do ser humano e estar despida do sentimento de inveja e de revanche. Escrevia com liberdade e com o coração. Luciana Borghi imprime, no espetáculo, a voz macia, simpática e o jeito simples da autora de um dos maiores sucessos da literatura brasileira, o romance “Anarquistas, graças a Deus”.

Renato Santos optou por uma forma naturalista na encenação com cenário intimista que conduz o espectador à varanda da casa dos escritores na Bahia. A peça é um passeio pela memória da autora que influenciou várias gerações de mulheres brasileiras. 

Sinopse:

Zélia Gattai vira personagem de sua própria história  revivendo sua vida com Jorge Amado, suas músicas e suas memórias com  artistas amigos, no momento em que se despede da Casa do Rio Vermelho, na Bahia, onde viveu por 40 anos .

Renato Santos -É  diretor, autor e Roteirista. No teatro dirige espetáculos de sua autoria, como a peça “A Casa do Rio Vermelho: o amor de Jorge e Zélia” e Édipo Africano.

No cinema atua como roteirista em  inúmeros projetos.
Luciana Borghi-É atriz com 25 anos de carreira, trabalhou com os diretores Amir Haddad, Elias Andreato, Renato Borghi, Renato Santos, José Celso, Élcio Nogueira, Moacir Chaves, Mauricio Paroni.

Últimos trabalhos em Teatro foram: “Moliere”, “Azul Resplendor”, “Myrna”, “Na Casa do Rio Vermelho”, “O Teatro é uma Mulher”, “Mulheres Sonharam Cavalos”, “Cadela de Vison”, “Macbeth”, “Timão de Atenas”, “Algumas Mulheres de Shakespeare”, “Utopia” e “Ovo Frito”, “Madame”, “Rock and Roll”, “Electra de Copacabana”, entre outros.

Na TV atuou em novelas da Rede Globo, “Tempos Modernos”, “Malhação”, e “Sol Nascente” e “Pantanal”.


Trechos de críticas sobre a peça

Uma aula de amor preciosa. Luciana Borghi trabalha com uma intenção soberana, a um só tempo inteligente e sentimental, muito bem resolvida. A situação de base é uma narração, a princípio com uma tênue distância, exatamente a partida de Zélia Gattai da sua velha casa de família em Salvador. Num crescendo bem estruturado, ela se move para a emoção e nos transporta para um espaço de afeto puro, denso, reconfortante, iluminado.

 E estão ali também os fatos, as andanças, a formação da família, o riso e a história da literatura do casal, os rituais afro-brasileiros, Salvador de todos os deuses, as canções, muito da História do Brasil. Para completar o envolvimento, as intervenções  pontuais na música, acontecem com a naturalidade que associamos ao ser baiano.

 Diante do palco, olhos de emoção: a graça da atriz  nos abençoa com esta invenção cênica repleta de sentimento. Sim, a cena é comovente – invade a alma uma baita saudade do Brasil.

Para amenizar as chuvas cinzentas, o retrocesso político e comportamental, com a cultura no front dos ataques, nada como navegar, em metafórica compensação, pelo inventário amoroso de um dos mais sensitivos e poéticos casais da história literária do País.
Tânia Brandão: critica Folias teatrais

-Luciana Borghi, com sustento valoroso da  visão  de Renato Santos, dá uma resposta luminosa à  Zélia Gattai, com este afetuoso desdobramento interpretativo entre a autora e a personagem. Tomada de paixão e plena de técnica, em reverente performance dedicada a uma das mais lídimas  representantes do poder feminino na história do país de ontem e de hoje… A espontaneidade interativa em  personificações dos cantares de Dorival Caymmi a Vinicius de Moraes, passando por Jackson do Pandeiro tudo integralizado, em irrestrita pulsão emotiva de musicalidades teatrais.

Wagner Corrêa de Araújo-critico Blog Escrituras Cênicas

 

-Assisti, ontem, a este espetáculo e saí do Teatro Prudential em total estado de graça. Que delicadeza! Que beleza e poesia nesta montagem! Texto e direção excelentes de Renato Santos.

Interpretações impecáveis, de Luciana Borghi.

Mais um grande acerto!

Gilberto Bartholo – O teatro me representa

 

Duração: 75 minutos

Faixa Etária

ARENA B3 :


Temporada:

Sábado às 15h00 e 18h00

24 de agosto

Ingressos:

Preços para Grupos

Preço Único R$ 20,00

 

PAGAMENTO 10 DIAS ANTES DO ESPETÁCULO OU QUANDO A PRODUÇÃO SOLICITAR.

btnres

MARCELO RUBENS

11-9 9889-9544

 

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